O e-commerce no Brasil não tem representatividade significativa em relação à venda em lojas físicas, mas há um grande espaço disponível para seu crescimento, e a tendência é que ele aconteça de forma exponencial.
Sendo assim, é preciso adequar a cadeia logística de forma a acompanhar esse crescimento, tanto na cadeia de suprimentos quanto no transporte do produto até o consumidor final — demanda determinante para o surgimento da chamada Logística 4.0, que estará presente em todas as fases do processo de:
Gestão de estoques
Previsibilidade de demanda sempre foi uma questão discutida nas empresas, e fazê-la somente em função do mercado não é mais eficaz, já que a internet expõe muitas possibilidades aos clientes.
É necessário ter o mínimo de estoque possível, manter o controle das remessas, tomar as melhores decisões de armazenagem, reduzir custos etc.
Para obter sucesso nesses processos, é importante se adequar ao Business Intelligence (Inteligência de Negócios) por meio de softwares que compartilhem e monitorem as informações em suporte à gestão do negócio.
Monitoramento de entrega
Analisar somente indicadores de desempenho logístico (KPIs) também já não é suficiente. Podem ocorrer imprevistos na fase de expedição que incluem tempo em trânsito, devoluções, inexatidão das notas fiscais e falta de pontualidade nas entregas.
O monitoramento da entrega feito online pode diminuir esse gargalo, com acompanhamento em tempo real das informações geradas pelo transporte de carga, emissão das notas fiscais e conhecimentos de transportes eletrônicos — até pelo feedback do cliente, que ao receber o produto em sua casa envia uma confirmação por aplicativo de mensagens instantâneas à empresa.
Logística reversa
Logística reversa refere-se a todo o processo referente à devolução de produto, conserto, manutenção, reciclagem e desmontagem de produtos e materiais. São as ações que a empresa deve tomar para que o cliente continue satisfeito mesmo quando uma compra apresenta problemas.
No comércio varejista, a imagem da empresa está diretamente ligada à como ela lida com as reclamações dos clientes, quando ocorre a necessidade de devolução de produto.
“Em vez de o cliente ir para as redes sociais reclamar da empresa, que é o normal, que ele diga para outras pessoas que ficou surpreso” diz Marco Gallo, consultor técnico do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Insumos não utilizados na produção ou originários de processos produtivos formam estoques não aproveitáveis que devem ser descartados de acordo com a preservação ambiental.
Uma logística reversa eficiente demonstra comprometimento da empresa com o meio ambiente e agrega valor ao produto e à sua marca.
É necessário investir na destinação adequada ou terceirizar essa fase do processo com empresas cuja responsabilidade ambiental esteja de acordo com as leis em vigor.
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